quinta-feira, 15 de novembro de 2012

E o bullying?



Oi pessoal!

Aqui estamos nós. Prometi um post sobre storyboard, né? Ele já vem, esperem só mais um pouco. Enquanto isso vamos para aqueles posts nada a ver com nada. Vocês sabem que aqui não é o MDOM, né? Não consigo tirar uma pauta da cartola quando me dá vontade. XD É preciso um pouco mais de esforço e como eu jogo no time do Jaiminho...

Faz muito tempo que não acompanho uma novela. Vejo alguns capítulos das novelas das 21hs, mas não mais que isso. Acompanhei o final de “Avenida Brasil” e olhe lá. A maioria eu não vejo mesmo. Mas o pessoal aqui de casa compra o jornal Extra todo dia e eu acabo sabendo do que acontece nas novelas. Claro que não sei quem é quem, mas leio mesmo assim. Recentemente soube que na novelinha Malhação (eles usam “novelinha” no jornal por que é: A)curta; B) é para os jovens; C) por que é feita por péssimos atores; D) por que o “inha” é de merdinha; E) E o Quico?) a personagem “boazinha” ia começar a namorar o herói da trama (que pela foto do jornal era um moleque sem graça e feio, mas deve compensar no talento), que foi namorado da melhor amiga dela. Resultado: a melhor amiga vai virar “mázinha” e vai se juntar com outro personagem “mauzinho” para juntos armarem de tudo para separar os dois.

 Véi... na boa... 
O blog sugere que os roteiristas de Malhação parem de ler “Turma da Mônica” e acabem com essa mania de “plano-infalível-que-nunca-dá-certo” dos seus vilõezinhos. Já deu né? Se eles parassem de se inspirar no Cebolinha e olhassem para a realidade, iriam ver que nesse caso ia acabar em bullying. Vamos imaginar que a elaboradíssima trama de Malhação se passasse aqui no colégio “Barão do Rio Bonito” (é uma escola aqui da minha cidade), o que iria acontecer? A personagem mázinha iria espalhar na escola que a boazinha era uma ladra de namorados, piranha e o escambáu. Como eram amigas, ia soltar os podres da garota nas redes sociais e nos corredores da escola, jogando os outros alunos da sala de aula contra ela. A menina sofreria perseguições diárias, inclusive na internet e que poderia evoluir para agressões físicas. Na boa pessoal, acham isso mais difícil de acontecer do que a mázinha começar a “armar” planinhos idiotas para separar o casalzinho? Mas parece que a palavra “bullying” é tabu em Malhação, pois eu acho que o assunto não foi abordado devidamente.

 Como não sei identificar os atores da atual Malhação, fica aí o elenco de Rebelde. Sim, eu assistia.

Foi-se o tempo que a novelinha se preocupava em abordar os dilemas dos adolescentes. Lembro que em uma das inúmeras temporadas (parece que Malhação existe há milênios, credo) teve até uma personagem com HIV! Mas hoje em dia parece que os joguinhos de amor são mais importantes para a audiência da novela. E são mesmo, já que os assuntos ditos polêmicos são sempre apresentados de forma extremamente didática e sacal. Não só em Malhação, mas em todas as novelas que tentaram incluir algum tema social. Basta lembrar todas as novelas da Glória Perez e ver como a coisa era feita. Ou no nível do exagero, ou com uma abordagem tão didática que escolhiam o pior ator possível para dizer aquele texto ultra decorado que te fazia dormir. Mas o que esperar, né? Com as novelas da Glória Perez a sensação é que a gente vê o Zorra Total a semana toda. 

 Pessoal da Malhação, não copiem só os americanos, copiem os Jdramas também! #fikadik
A trama alternativa do “Barão do Rio Bonito” que escrevi aí é manjada em um monte de shoujo mangás. E em vários deles também há as armações mirabolantes dos vilões. Mas ao contrário de Malhação há materiais que abordam o tema do bullying com todas as suas cores e como a heroína tenta sobreviver. Esses mangás podem sim ajudar quem passa por isso na vida real e quem sabe alertar professores e pais que às vezes ficam cegos para esse tipo de coisa. Recentemente veio a tona uma história de agressão e estupro numa escola do Rio, mostrando que os adolescentes não se parecem em nada com os heróis debilóides e os vilões de peça infantil da novelinha. Seria interessante que os roteiristas de Malhação realmente deixassem de lado a Mônica e o Cebolinha e lessem “Life”, de Suenobu Keiko. Ou “Vitamin”, da mesma autora. Seria uma leitura mais pesada, é verdade, mas bem mais útil e inspiradora.   
 Deveria ser leitura didática nas escolas...

Ela chama isso de pauta?...
 

3 comentários:

Mickey disse...

Não tem um meio termo, né? Ou a tv tem dramas para ursinhos carinhosos com aleijados de vitrine ou tem os filmes nacionais com gente que mora em esgoto e trepa o tempo todo.
Uma vez fiz uma queixa assim e meu irmão me respondeu com um "aham, e uma menina se disfarçando de menino num colétio masculino é muito realista, né?" HEUAHEUAHEU, me nocauteou.
Gosto dos seus posts aleatórios. :D

Rafi disse...

Eu acho que vc está certa. A tv voltada para os jovens (ah, vamos falar sério, pra geral, né?) é muito ruim. Falta iniciativa, vontade de abordar temas mais importantes. O bulliyng com certeza é um deles. Não achei o post ruim ou desnecessário. : )

Anônimo disse...

cara... life é muito pesado... Vitamin é mais?? comecei a ler o mangá e parei, era mt pra mim, isso pq eu vi o dorama até o fim, e só de escutar a trilha sonora me da arrepio de raiva/medo/augustia, enfim, coisa ruim! hahahha

aiko19th