quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Palpitando sobre o careca


Oi pessoal

Como prometido, vamos falar de Oscar? Não o “mão-santa” Oscar Schimdt, mas a maior e mais badalada entrega de prêmios do cinema americano. Como eu adoro dar uns palpites, resolvi fazer como a maioria dos outros blogs e largar umas apostas. Mas do jeito que eu sou, vão ser 10 enchadadas e uma minhoca... XD

Todo ano é a mesma coisa: esperamos ansiosos os indicados, nunca tem aquele filme que você achou ótimo, nem aquele ator que você adora foi lembrado. A festa é mais arrastada que cobra que engoliu um bezerro, números musicais chatos e aparentemente intermináveis (o último melhorzinho foi o do A. R. Rahman com Jai Ho, mas até hoje me pergunto o que o John Legend fazia ali), discursos que causam vergonha alheia e aquela preguiça de acordar no dia seguinte. Mas você acaba assistindo, não tem jeito. Mesmo com os comerciais repetidos a exaustão pela TNT (que tem o intuito de enlouquecê-lo) ou a tradução simultânea que não traduz nada (só tem o intuito nos levar ao suicídio coletivo). A gente não resiste à curiosidade de ver os vestidos, os astros desfilando seus sorrisos (alguns bem falsos, diga-se) e acaba comemorando quando alguém que a gente gosta ganha e alguém que a gente detesta perde (vibrei, vibrei mesmo com a derrota de “Rede Social”, pois não vou com a cara do Facebook, cacete!). Torce pra Nicole Kidman ter maneirado no botox, espera pra ver a roupa e a make da Angelina Jolie e lamenta que ninguém chamou o Tom Hardy pra apresentar um prêmio de melhor wathever. Os Oscars são mesmo imperdíveis.

 O bom do Oscar é ver o Fashion Police depois!!

Esse ano a coisa está meio estranha, ainda mais pra mim, que só vi “Vidas Cruzadas” entre os concorrentes. Todos estão falando muito de “O Artista” e acho que esse negócio vai mesmo ganhar. Todo ano tem um filme que acaba levando a maioria dos prêmios, fazendo a ripa, merecida ou não (em que mundo “O Discurso do Rei” é mais filme que “A Origem”?). Não vi e nem sei se o farei. Quando passar no Super Cine, dou até uma chance. Estou numa fase mais barulhenta e musical, filme mudo na base do pianinho, tô passando...

Mas vamos aos palpites, porque é pra isso que estamos aqui, né?

Melhor Filme: O Artista

 Os diálogos desse filme são de uma pobreza...

Acho que apenas o tal do “Hugo Cabret” ameaça o “Artista”. Mas acho que o mudinho leva. Filme do cavalinho, sério? Gente, filme com bicho me dá uma certa agonia, ainda mais quando o animal é mais ator que grande parte do elenco. Lembram do Chimpanzé de “Speed Racer”? Aquele macaco era um talento! Será que não sobrou papel pra ele no “Planeta dos Macacos – A Origem”? Será que ele não era o Rocket? O chimpanzé super expressivo que batia uma latinha no chão? Saudades, Rocket.

Melhor ator: George Clooney

Boa escolha, Gary!

É o que eu queria? CLARO QUE NÃO!! Queria o Gary Oldman, lógico! E antes de nêgo me trollar, falando que é por causa do Tom Hardy, acho mesmo que o Gary arrasa no filme. Ele está tão diferente nesse papel! Mas o bonachão Clooney é cheio das amizades e com certeza leva essa. Eu vi o filme pra dizer se ele merece ou não? CLARO QUE NÃO VI! Mas não dou a mínima e falo que vou torcer contra na maior.

Melhor atriz: Meryl Streep

 
Meryl é diva e merece ganhar tudo sempre, até jogo de truco. Também não vi o filme, mas como eu conheço a Memé (é muita, mas muita intimidade com as estrelas de Hollywood), duvido que ela tenha ficado abaixo do extraordinário. Curti a Viola Davis e acho que se ela continuar nessa vibe, o dela pinta logo. Agora, Rooney Mara? Gente, sério? De onde saiu essa simpática (ironia fina by Tabby-chan)? Chegou agora é já quer sentar na janelinha, filha? Pode ficar no corredor segurando no pau!

Melhor ator coadjuvante: Christopher Plummer

 Não vai ser dessa vez que esse ex-atleta....

Eu acho o Chris Plummer (é muita, é muita) super legal, acho que fazer um vovô gay foi batatíssima, mas confesso que vou torcer mesmo para o Nick Nolte. O show que ele deu em “Warrior” pelo menos foi lembrado, né?

Melhor atriz coadjuvante: Octavia Spencer

 Vânia Flores mostra indgnação, mas continua musa

Tatá na cabeça! Eu já conhecia o trabalho dela, já que vi mil vezes “Coach Carter” e adoro a cena que ela pede ao técnico para que o filho volte ao time. Como foi o único filme que vi, vou torcer muito por ela. Merece!

Melhor diretor: Michel Hazanavicius (O Artista)

 E ainda fica dando moral pra Robótica Robotronic..... #fuckwoody

O Oscar é meio doido, às vezes o filme vence e o diretor não e vice e versa. Mas aqui acho que esse malandro leva. Faz pouco tempo, meu amigo Leandro L e eu lançamos a campanha (seguida apenas por nós): #fuckwoody. É um protesto educado pra dizer: Dá um tempo, vovô! Woody tá sempre indicado e ao contrário do que manda a boa etiqueta do “sou cinéfilo, foda e tomo cafezinho na Gávea discutindo Nietzsche” não acho que todos os seus filmes são esses lábios de Tom Hardy não! Aquele “Macht Point” foi tratado como um sorvete Diamante Negro num campo de refugiados, porra! Fala sério! Mas acho que eles deveriam tentar premiar o Terence Malik, vai que ele resolve aparecer? Só tem uma foto do cara... será que ele existe mesmo?

Melhor longa animado: Rango


Cara, que ódio. Como puderam indicar “Kung Fu Panda 2”, “Gato de Botas” e não indicarem “Rio”?? Alguém pode explicar? Aquele filme é lindo, tão bacana, com músicas tão bonitas... Eu gostei do “Kung Fu Panda”, mas estou de saco tão, mas tão cheio do Jack Black que nem quero ver essa sequencia. E agora então que esnobaram o “Rio”, nem quando passar na Tela Quente darei uma chance.

Os outros prêmios como direção de arte, roteiro, filme estrangeiro e o caramba vou dar palpite nenhum. Essas categorias eu geralmente nem presto muita atenção no dia da festa, nem vou opinar. Agora é esperar, comprar aquela pipoca de micro-ondas gordurosa, aquele guaraná (pra aguentar ficar acordado) e colar o rabo na poltrona pra aguentar 3hs até subir algum ator da velha guarda pra entregar o prêmio de melhor filme. Todo ano é a mesma coisa, e a gente não perde por nada.

Vamos nos arrumar para essa festa que é puro glamour!

Fica assim não! A sua hora não demora! Espera o filme do Al Capone sair....  

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

É no batuque, é no tam-tam


Olá pessoal!

Pois é, já entramos no ritmo do carnaval. Se bem que nesse nosso país maravilhoso temos a sensação que carnaval é o ano inteiro. São 365 dias de muita esculhambação, bagunça, mulher pelada e zueira. Mas nesses dias que se aproximam, parece que tudo fica ainda mais louco e a vontade de encher a cara e sair beijando qualquer um na boca (ignorando que a tuberculose tá em alta de novo) vira uma necessidade orgânica. Mas isso não é pra todos. Assim como tem gente que não curte Luan Santana, crise renal e horário político tem gente que não curte carnaval. Se você é uma dessas pessoas que não suporta um batuque, que quer dormir às 22:00hs na terça-feira de folia mas mora ao lado da concentração do bloco das piranhudas, não se desespere! Este blog vai te dar dicas pra ter o que fazer enquanto todos pulam como loucos, engolem confete e acordam ao lado de um travesti chamado Pâmela Stardust!

Dicas da Tabby-chan para um carnaval em casa:

Mangá para ler antes de dormir: ZEKKYOU GAKKYUU 


Todo mundo sabe que eu chego tarde nas coisas, estou totalmente por fora das novidades e que mangá shonen não está entre minhas leituras. Sendo assim, vou sugerir o mangá Zekkyou Gakkyuu de Emi Ishikawa. Esse mangá já foi citado aqui no blog, mas vamos refrescar a memória, pois assim como você, não estou com paciência de buscar o post antigo. Neste mangá que sai na Ribon, Emi (é muita intimidade com as autoras de shoujo mangá) nos trás histórias de terror fechadas e ambientadas na escola. A fantasma perneta Yomi apresenta cada uma delas, a maioria com desfechos terríveis, com aquela aluna invejosa se ferrando bonito. Você, leitor descrente, deve achar que por ser um mangá da Ribon a coisa é levinha. Engana-se, meu querido. A coisa é feia e as meninas não são poupadas por seus deslizes, mesmo os menores. Em uma das histórias, a garota se destrai com a tv enquanto trocava a água do aquário e deixa o peixinho morrer. Desesperada, joga o infeliz no lixo, na maior cara de pau. Resultado: vai aos poucos se transformando em peixe! (Cara, eu deixei cair amaciante de roupa no meu aquário e matei os meus peixes! Imagina a agonia que senti ao ler essa história? Foi um acidente! Socorroooo, mãe!!). Terror japonês é sempre um barato, usando as coisas mais absurdas pra meter medo... e conseguem! Ah, que saudade de ver filmes de terror asiáticos e não conseguir pregar o olho a noite...    

Filme pra chorar a alma pra fora: WARRIOR

 "Sério que nêgo ainda quer motivo pra ver Warrior?"
Sim, você que tem coração de pedra-pomes vai ter um nó na garganta. Warrior é um filme que fala sobre uma família destruída, de irmãos separados pela vida e da busca de um pai por perdão. Tem MMA também (com cenas de luta muito bem feitas, diga-se), mas isso não é o mais importante aqui. Esse filme tem grandes atuações (Nick Nolte está indicado ao Oscar de coadjuvante por esse filme, baby) e muita emoção mesmo. É muito difícil não se conectar com os personagens aqui. Se isso não despertou sua atenção, assista então para ver o tamanho que o Tom Hardy está nesse filme e lembre-se que ele estará ainda maior de Bane. Aproveita que saiu em vídeo (não foi pro cinema, porque tinham coisas melhores para exibir, como Agamenon e Happy Feet 2) e você não precisa ver o filme na ilegalidade como foi o meu caso.

Filme pra você enfim ter o #1 na sua lista de pior filme da sua vida: A FOR ANDROMEDA

 "Até nessa tranqueira eu peguei a mulher do filme, sou foda mesmo!" "Se é, gato!"

Sempre fazemos listas de filmes, músicas, bandas, mangás e o cassete que mais gostamos e que mais detestamos. Toda vez que você faz essa lista é complicado preencher o primeiro lugar entre os piores, são tantas opções: Lanterna Verde, Van Helsing, Transformers (todos), O mundo de Leeland, todos do Freddie Prinze Jr, Alexandre, Minha Ex-Super Namorada... Mediante a isso, esse blog resolveu ajudar e oferecer o filme que em qualquer lugar, época, estado líquido ou gasoso é medalha de ouro na categoria tranqueira: A for Andromeda. Nem Pink Flamingos me preparou para algo assim. Enquanto buscava imagem pra decorar o post, percebi que esse troço tem uma versão antiga, provavelmente originária de um livro. Como não joguei no (Charles)Wikipédia, e não tenho o menor interesse em fazê-lo, vamos nos pegar na versão com o Tom Hardy e a atriz que faz a noiva do Watson no novo Sherlock Holmes (e a preguiça de catar o nome da bunita no IMDB?). Na trama, John Fleming (Tom Hardy, que consegue ficar divo mesmo nas situações mais constrangedoras) constrói um super-computador (mal-feitaço no filme, diga-se) graças às dicas de uns alienígenas lá de Andrômeda (na hora eu os imaginei a cara do Shun!). Claro que dá merda, geral começa a morrer e você tem a experiência de assistir a produção mais pobre, cretina e tosca já feita pelo homem. Ah, mas é filme de TV! Cara, não interessa! É o pior filme de tv do mundo! Não estou aqui pedindo uma produção da HBO, mas pelo menos algo que não seja tão péssimo! Se você achava que O Minotauro foi onde o Tom Hardy desceu mais baixo, fique sabendo que perto de A for Andromeda, a saga de Minoty é Crônica de Nárnia (pra você ver como O Minotauro é horrível também)!

Filme para o qual nada na sua vida te preparou: DON (2006) 

 Don e seu figurino de gravata com a estampa da camisa. Fashion Police, oi?

Você, leitor amigo, sabe da minha vibe indiana, né? Pois então, Don é um filme indiano de ação. Antes que cai na gargalhada, deixe-me dizer que a ação do filme não é ruim, não! Se você procura ver um filme e ter uma experiência bizarra, Don é seu filme pra fugir do carnaval. No filme, Don (interpretado pelo nosso amado-idolatrado Shahrukh Khan, carinhosamente chamado de King Khan) é mau, pega um pega geral e vive sendo perseguido pelo policial De Silva (sim, eu conferi no IMDB, pois achei que geral tinha mandado ver no botão foda-se e quem nooonca e colocado Silva pra sacanear). Mas como o próprio personagem principal diz: “Pegar o Don não é difícil, é impossível!”. Bandido que se preze tem que ter frase de impacto, né? Mas assim como aconteceu com Nem, a casa caiu para o nosso Don quando este sofre um acidente e fica hospitalizado. Na maior cara de pau, o Silva coloca um sósia no lugar do maligno indiano para assim detonar com a sua gangue. Só que ele vai buscar um sujeito chamado Vijay que cantava num festival de Ganesh! A coisa se complica quando Don e o Silva acabam morrendo. Esse filme mistura ação, tiro, explosão, luta (sim, Vijay, sabe Deus como, enfia o pau geral no filme) e ainda tem o Don, no caso o Vijay, sensualizando com as bichtes enquanto canta o tema do filme na boate. Isso mesmo, o filme tem música! Os números não são muitos, mas estão ali. Isso já é parte da cultura indiana mesmo, (só o Chak De! India que não tinha musical entre todos que vi até hoje) não tem jeito. Quando o filme acabou eu confesso que não conseguia fechar a boca tamanho o meu choque! O final me surpreendeu muito e fui como uma louca atrás da continuação, Don 2, lançada em 2011, que começou ótimo, com muita ação, mas as legendas sumiram no meio do filme e ainda não achei alguma que funcionasse. Achar legendas para Don 2 não é difícil, é impossível! (by Don himself)

Série de TV: FULL HOUSE

 Rain e Hye-Kyo Song nasceram um pro outro!

No duro que você achou que eu ia indicar Game of Thrones, Walking Dead, Caras e Caretas, Primo Cruzado? Amigo, isso aqui não é e nunca será um blog sério e digno! Vamos é indicar um drama coreano que até hoje faz o coração pular, rolar e sorrir feliz: Full House!! Pra quem não conhece, esse é o drama mais famoso do nosso Rain (saudades, querido). Impossível não amar! As músicas, as situações, a comédia e o romance, tudo na medida certa pra agradar quem não tem um pedaço de granito no lugar do coração. Na história, a bagunceira e aspirante à escritora Han Ji-Eun cai num golpe e tem sua casa vendida para o astro de cinema Lee Yeong-Jae. Ela acaba se enfiando na casa de qualquer jeito e no meio de tanta confusão, sobe ao altar com o novo proprietário do imóvel. Apesar da presença adorável do Rain e de seu figurino absolutamente único, esse kdrama pertence à fofíssima Hye-Kyo Song e sua impagável personagem. Ela é talentosa, hilária, linda e faz um casal de sonho com o Rain! A única, além de mim, que pode casar com o Rain quando ele sair do exército! XD Alôka!! Devaneios à parte, quem curte romance e quer flutuar numa nuvem cor de rosa nesse carnaval, baixe Full House! É puro amor!

Eu ia sugerir mais coisas, como música e programas de tv, mas o post já está longo demais (e como eu sei que geral vai tomar activia+johnny walker para as minhas sugestões...). Queria registrar que todas as dicas são de coração e NÃO serão seguidas por mim. Não só porque já vi os filmes e tudo mais, mas porque eu curto um sambão! XD Não saio em bloco e nem tive o prazer de desfilar numa escola de samba, mas acompanho pela televisão. Sim, eu adoro ver desfile de escola de samba! XD Mesmo que digam que o carnaval no Rio está vendido, que é tudo marketing, ainda são as mesmas pessoas das comunidades que fazem os carros, as fantasias e compõe a alegria do desfile. Sim, meu coração acelera quando a bateria começa a tocar. Assisto, curto e acompanho a apuração todos os anos. Não acho que sou mais ou menos brasileira por causa disso, apenas adoro ver os carros, as fantasias e rir dos repórteres da Globo repetindo 3 vezes a mesmo pergunta em meio ao barulho ensurdecedor de tantos corações batendo juntos!  

Bom carnaval pra todos e nos vemos no próximo post sobre os palpites para o Oscar! XD

Se você não sabe sensualizar no carnaval....

Nem bater aquele cabelo...

Muito menos dançar no ritmo...

Fica triste não, aqui ninguém sabe também....
           

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Participe do Shoujocast 49

Oi amiguinhos!

Que tal participar do Shoujocast #49? O tema é Mangás, filmes e livros que mudaram/marcaram a nossa vida. Com certeza você deve ter uma história a contar sobre isso. Compartilhe com a gente! É só enviar um áudio de (no máximo) 3 minutos e meio para o e-mail do shoujocast: shoujocast@yahoo.com.br. O prazo é até dia 14 de fevereiro, estreia de This Means War nos USA!! XD Participe! Vai ser muito legal!! 


Contamos com vocês! 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Crítica: Chak De India


Oi pessoal!

Depois de ver alguns filmes indianos (alguns muito, muito bons outros bem fraquinhos), resolvi fazer a crítica do único que é obrigatório pra todo mundo. Sei que alguns que frequentam meu bloguinho não terão paciência para ver as danças coreografadas, as declarações de amor em meio às lágrimas e toda a breguice apaixonante do gênero. Sendo assim, convido a todos a ver um filme que não tem nada disso, que é muito bem feito e está repleto de coisas que amamos ler nos nossos mangás de esporte (ou não) favoritos: amizade, determinação e espírito de equipe. Isso tudo e mais é Chak De! India.


Sinopse do filme no estilo Tabby-chan:

“Kabir Khan (interpretado por Shahrukh Khan, que está em seu melhor visual nesse filme, conseguindo até ficar super-pegável) defendeu as cores da Índia no time nacional de hockey na grama, mas acabaram levando ferro na final contra o Paquistão (aí sacaneou, né?). Flagrado num momento fair play com outro jogador, Kabir foi acusado de vender o jogo e tratado como traidor (crueldade, você pensou, mas o que o nome Felipe Melo ainda te causa?). Sete anos depois Kabir volta à cena do hockey, mas como o treinador do absolutamente desacreditado time nacional feminino. A partir daí, as 2h e 40 min do filme passam voando...”

Eu sempre gostei de filme de esporte (e mangás também). Nem sei quantas vezes já assisti Coach Carter, que mistura dois gêneros que adoro: esporte e professor. Mas a maioria deles é com homens. De cabeça me lembro de “Driblando o destino”, alguns com cheerleaders e patinação no gelo (se alguém lembrar mais alguns, me avise). Mas esses que me lembrei costumam focar em situações alheias ao esporte, o relacionamento familiar, entre namorados, disputas de egos e em muitos deles as cenas da competição ficam em segundo plano. Em Chak De! Índia o foco é, como já diz no pôster, vencer. O filme se divide entre os treinos, a competição e tudo que os levou até ali. É claro que os conflitos de cada um acabam aparecendo, mas a questão principal, o jogo, as dificuldades, se sobressaem.

 As melhores jogadoras da India

Chak De! Índia (que significa Vai! Índia) é um filme para todos, mas especialmente as meninas vão se identificar. Você que viu a novela Caminho das Índias sabe o quanto a cultura daquele país é machista. As boas moças indianas tem que ficar em casa, não há espaço para elas nos esportes. Isso é dito com todas as letras durante o filme. Ninguém acreditava nas atletas, nem mesmo seus familiares e namorados. Acompanhamos a verdadeira luta para a simples existência do time. Em uma cena em particular, as garotas são obrigadas a jogar contra um time masculino e a preleção do técnico antes dessa disputa (tratada como uma forma de humilhar ainda mais as moças) faz inflar dentro de nós mulheres aquela vontade de pegar também em um bastão e sair por aí exigindo nosso espaço! XD  

 "Presta atenção, gente: cada uma vai tentar achar legenda para Don 2, ok?"

Algo que fica muito claro no filme foram as diferenças que existem em cada região da Índia. Nós aqui no Brasil não sabemos o que é olhar alguém e imediatamente saber de onde essa pessoa veio. Somos todos muito parecidos em nossa miscigenação e mesmo com pequenas rusgas entre nativos de algum estado, quando chega a Copa, somos todos brasileiros. Lá não é bem assim. Existem diferenças inclusive físicas entre as pessoas e foi complicado para o técnico Kabir fazer aquele grupo ir além dessas divergências e se unir como um único time. Mas a cena que marca essa união forjada no suor, na luta e debaixo do calor de rachar é ótima.

 Técnico Kabir sabe ser grosso mostrando o muque

Caso você esteja pensando que o filme é mais do Kabir do que das atletas, está enganado. Toda história do técnico, do céu ao inferno, se entrelaça com as histórias das jovens, todos ali tentando provar que são mais do que o mundo disse que eram. Algumas jogadoras se destacam como a troglodita Balbir (que mostra a violentíssima Argentina quem tem o pau na mão), a espevitada Komal, a talentosa Preeti (que tem o pior namorado do mundo) e a mais encrenqueira de todas, Bindia. O técnico Kabir é a cola que une todo o time, que ama seu país e acredita nas garotas, sempre exigindo o melhor delas. A história dele é muito triste, me fez pensar em quantas vezes já crucifiquei jogadores e técnicos, sem pensar que eles também têm família, vida e que às vezes dar tudo de si ao seu país não é o suficiente.

 Tá, admito: dava uns pegas no Shahrukh!

Já vi alguns filmes com o Shahrukh Khan e acredito que esse seja um dos seus melhores papéis. Ele não canta nem dança (coisa que ele faz muito bem, diga-se), mas está muito verdadeiro como o sujeito que perde tudo e se agarra num time mambembe e desacreditado para continuar vivendo. Mas quem for ver o filme, fique sabendo que SRK (é muita intimidade com os astros de Bollywood) é uma estrela de primeira grandeza na Índia, do tipo que nem consigo imaginar. Cinema é o único entretenimento do país, cuja indústria cinematográfica produz centenas de filmes por ano. Se você é o mais bem pago e está nas listas de favoritos de todos, ser chamado de King Khan não é nada demais.

 "Vamô lá, galera! Vamos correr pra comentar esse post!"

Quando o filme terminou e as emoções das cenas finais ainda estavam na minha cabeça, pensei que este filme poderia ser facilmente refeito no Brasil, mas com futebol feminino. As dificuldades com patrocínio, o preconceito, a falta de apoio e a falta de compreensão estariam todas ali, sem precisar trocar nem os diálogos. A realidade desse filme não é uma ficção para nós, infelizmente. Quem sabe se um “Vai! Brasil!” não poderia ter por aqui um efeito parecido com o que aconteceu na Índia, com uma explosão do hockey entre as meninas. Seria a glória ver um time de jovens atletas influenciadas pelo filme arrasando nas próximas olimpíadas.  

Cotação do Blog:

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Breguice é teu nome!

Oi pessoal!

Quem acompanha a minha conta no twitter (@tabbykink, amores) sabe que estou numa vibe indiana, né? Ando vendo filmes de Bollywood direto e me divertindo muito. Muita cor, muita dança, música pop, romance (sem beijo, mas acho que já estou me acostumando) e um bom punhado de lágrimas. Um dos meus favoritos até aqui foi Rab Ne Bana di Jodi, que foi hilário e divertido até não poder mais. Mostrei uma cena musical à minha irmã e ela assistiu com um nítido constrangimento. XD Transparente feito água mineral Minalba, foi fácil perceber que ela não gostou. Foi então que ela deu a sentença: é BREGA! Depois de refletir alguns minutos sobre isso, percebi isso é uma constante em minha vida! Tabby-chan, breguice é teu nome!  

 Taani e Raj (Surinder disfarçado), personagens de Rab ne Bana di Jodi

Fazendo uma análise profunda da minha existência (que frase linda), percebi que desde muito tempo sou brega. Cafona, mesmo! Mas acho que só me dei conta disso agora mais velha. Quando eu digo “se dar conta” quer dizer abraçar o seu eu brega e correr feliz pelas montanhas no melhor estilo Noviça Rebelde fazendo alôka! Mas não devo isso os indi filmes, não! Eu entrei mesmo no mundo da breguice espetacular do pop graças a uma certa banda de J-pop chamada Arashi.

A verdade é que o Arashi merecia um post só pra eles, contando como eles me ajudaram a aceitar a verdade universal da minha vida: adoro um pop! Por um bom tempo eu tentei ser o que não sou. Tentei gostar, assistir e ouvir coisas que a crítica e as pessoas “de bom gosto e inteligentes” gostavam. Por um bom tempo não tinha respostas para perguntas simples como: qual sua banda favorita? Agora, se me perguntarem, ficaria dividida entre várias! Todas seriam boy bands asiáticas, pop e beirando a breguice total (paletó de oncinha só é brega na India, né?). Quem conhece o Arashi sabe que a banda, assim como a maioria absoluta do cast da Johnny’s, usa roupas cafonérrimas e possuem algum clipe bem tosquinho (e quem disser que kpop também não tem isso, tá de palhaçada). Mas quando eu me dei conta que já não podia deixar de ir ao Youtube ver vídeos deles, baixar as músicas e colecionar fotos do Jun Matsumoto (aliás, por onde anda meu cd com suas fotos?), olhei para mim mesma e mandei um foda-se à sociedade. Com toda a força do meu espírito grito ao mundo: EU ADORO BOY BANDS ASIÁTICAS E TENHO VERDADEIRO HORROR AO RADIOHEAD!! XD

 Arashi é pura alegria pop!

Mas como a Tabby-chan não seria a super-brega-girl-of-the-world? Se ela adora os shoujo mangás mais dramáticos (que tem algumas tramas que não devem nada aos filmes indianos mais cretinos, vamos combinar), as capas de revistas japonesas mais mirabolantemente coloridas e os brindes mais espalhafatosos e cheios de laços que vem com a Ribon? Olha, eu amo shoujo mangá como gordinho ama o Mc Donald’s, mas preciso reconhecer que tem certas coisas cafonas que só! E isso é muito legal! XD Os mais inteligentes que procurem Aristóteles e Nietzsche no seu mangá seinen, shonen, josei, como queira! Eu quero é rir, chorar e me desesperar com todos os shoujo mangás mais ridículos, bregas e sem noção que o Japão possa me oferecer! Eu quero é mais!

 Aposente o seu abanador de papelão da Brahma e use o da Ribon! É fresquinho na base da breguice, amor!

Com todo esse histórico, de quem genuinamente gosta de ver novela mexicana e canta o tema da Maria do Bairro a plenos pulmões, como não se perder pelos filmes de Bollywood? Querido, é dança coreografada na batida! É personagem a beira da morte pedindo que sua amada seja sua nas próximas vidas, é história de amor melosa mesmo, que está atraindo até formiga no computador! Como eu não tinha entrado nessa onda antes? Essa minha mania de chegar atrasada em tudo é UOH! Confesso que no início fiquei meio constrangida, com receio da breguice em estado puro, da cafonice arremessada na sua cara com o maior amor! Mas agora já baixei música, já arrisco uns passinhos, já estou me familiarizando com os atores. O céu cor-de-rosa da cafonice admitida é o limite para mim! XD

 Filme indiano é puro amor!

Não por acaso o nosso mascoty é o Tom Hardy, né? E tem alguém que deliberadamente queima o próprio filme tão bem quanto ele? As fotos de cueca, zuando com as perucas, posando com os fãs imitando o De Niro (eu acho mais parecido que com o Marlon Brando, pronto falei), sem contar as declarações que nenhum astro de cinema em seu juízo normal soltaria na cara dura. Talvez essa conexão com seu lado tosco (que no meu caso seria bem mais que apenas um lado) tenha me atraído nele sem nem saber. Assumir a breguice e a tosquice em seu interior liberta! E como liberta! XD

 Tom Hardy: mais que um mascoty, um ídolo!

A partir de hoje tentarei ser cada dia mais sincera e como a Lady “Guru” Gaga ensinou, abraçar tudo que há de estranho em mim. Assinar um contrato de fidelidade com o que houver de mais divertido, colorido, brega, espetaculoso e anti-críticos-da-Rolling-Stone. Vou lá na locadora torrent ver quais novos filmes do Shahrukh Khan estão disponíveis (e sair baixando as irresistíveis músicas que ele canta), varrer o Youtube atrás dos novos e super-bem-coreografados vídeos do Shinee, Beast, Wonder Girls, TVXQ, 2PM e mais um monte de Kpopers, aguardar com ansiedade os próximos brindes da Ribon (esperando que eles tenham muitos laços e jóias coloridas) e torcer para o SBT reexibir pela enésima vez A Usurpadora.

 "Querida, sempre soube que você tinha os dois pés na breguice mais cretina! Bjos!"

Ah, como é bom ser a gente mesmo...     

Aqui está a cena que mostrei pra minha irmã e desencadeou essa epifania da breguice assumida: