segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Um filme chamado: A PELE



Olá amiguinhos! Essa semana apareceu na minha vida o trailer de um filme tenebroso, chamado Centopeia Humana 2. Não sei se foi aquela omelete no almoço, mas a verdade é que eu me senti fisicamente mal ao ver aquilo. Pensei em fazer um post sobre esses filmes nojentos, doentes e que não acrescentam nada na vida da gente, mas como o post anterior foi sobre uma série meio pesada, achei que essa sequência de horror não iria combinar com o rosa feliz do background. Pensei então em apresentá-los a uma pequena pérola que está entre os meus filmes favoritos da vida toda e que talvez a maioria não conheça: A PELE.

Poster do filme

A Pele (Fur: An Imaginary Portrait of Diane Arbus, 2006) foi estrelado por Nicole Kidman e Robert Downey Jr. O filme conta de forma lírica e fantasiosa a história da fotógrafa Diane Arbus. O trabalho de Diane é focado em retratos, em especial de pessoas fora dos “padrões normais da sociedade”, como travestis, velhos, crianças estranhas, pessoas com deficiências e etc. Seus trabalhos são lindos e esse gosto pelo bizarro é o fio condutor do filme. Segue a sinopse:

Diane Arbus é uma dona de casa reprimida, que ajuda o marido fotógrafo em uma Nova Iorque de 1958. Certo dia ela conhece o novo e misterioso vizinho, Lionel Sweeney, que sofre de hipertricose (aquela doença em que os pelos de todo o corpo crescem demais, deixando a pessoa como um lobisomem). Os dois iniciam um relacionamento que vai muito além da amizade e mudará sua vida para sempre.

É até difícil para eu destacar tudo que amo nesse filme, é difícil saber por onde começar. Diane é como muitas mulheres (e homens também) que escondem seus desejos, suas ambições, para se adequar ao que “se espera delas”. Se hoje já difícil ser você mesma, imagina numa sociedade repressora, machista e hipócrita como a dos anos 50? Desde menina Diane se sentia atraída pelo que era diferente, bizarro e incompreendido. Como revelar isso ao marido, aos amigos, à mãe? De onde tirar coragem pra ir aos lugares que sempre sonhou e conversar com pessoas que não pertencem ao seu ciclo social? Assim com Alice, que entra pela toca do coelho e descobre um novo mundo, Diane sobe as escadas e entra em um lugar onde ela pode colocar tudo isso para fora. Esse lugar é a casa de Lionel.

Lionel é tudo e mais um pouco. Não existe, para mim, personagem mais atraente, maravilhoso e incrível. Enfim, ELE É TUDO! Mas o que o faz tão especial, você se pergunta coçando o queixo. Eu respondo: Lionel compreende Diane, a incentiva e a apoia. Isso é tão simples, mas quantas pessoas em sua vida você pode dizer que te compreende e te apoia, do jeito que você é? Temos a sensação de que Lionel enxergou o talento nato de Diane e a incentiva a usá-lo, a explorá-lo, assim como ela explora um novo mundo ao lado dele. Uma espécie de submundo dos estranhos, dos rejeitados e excluídos da sociedade. O mundo dos sonhos de Diane. Tem como não se apaixonar por alguém assim?

Diane e Lionel saem pra explorar a Nova Iorque dos bizarros!

Mas como tudo na vida que é bom demais é efêmero, assim também é essa magia que os envolve. Não vou revelar spoilers, mas a cena da praia e seus desdobramentos me fazem chorar sempre que assisto. Não é nem de longe um dramalhão, mas você já está envolvido demais com aqueles dois pra não se abalar. Um amor como só o cinema parece capaz de criar.

Nicole Kidman está ótima, sem botox, com muita verdade. A química entre ela e Robert é intensa e os dois têm cenas com diálogos ótimos (como a do primeiro encontro ou a do camarim dos travestis). Mas pra mim Robert Downey Jr., (de quem eu já era fã bem antes do Iron Man) prova porque é um dos mais talentosos atores vivos hoje. Seu Lionel é pura magia, puro encantamento. Mesmo debaixo de todo aquele cabelo, os olhos expressivos de Robert saltam! Na cena que seria o “início do fim” do personagem, a expressão que ele faz antes de deixar Diane entrar pela porta é só para os grandes atores. Apenas para eles.

Diane e o casaco de cabelos!

Eu considero esse filme um dos meus favoritos por todas as sensações (fortes e inesquecíveis) que me proporcionou. Por ver uma personagem desabrochar sua individualidade, sua arte e por retratar uma das mais belas histórias de amor que já vi em película. Além de ter uma atriz que gosto muito e um ator que venero. Sim, esse filme acrescentou muito em minha vida e nem é preciso ter estômago para vê-lo, apenas coração.



10 comentários:

Rodjimi disse...

adorei o texto, tabby! a nicole kidman deve sentir falta dessa época. esse foi o último filme bacana q ela fez...

Michele disse...

Amoooo o Robert Downey Jr tbm! Vou ver se consigo esse filme nalgum lugar pra assistir... lembro vabamente de ter lido o nome do filme nalgum lugar :D

Já assistiu "Only You"? Com ele e a Marisa Tomei... Filme fofo e meio antigo já... foi graças a ele q pude conhecer e me apaixonar pelo trabalho do ator :DD Tem um outro tbm chamado "Morrendo e aprendendo"... esse assisti uns 15 anos atrás.. agora é bora procurar por ae pra adquirir meu dvd XD

Tabby Kink disse...

Pois é, Rodjimi, ela se perdeu em meio a tanto botox. Mas pelo menos ainda tem este filme pra se orgulhar! ^^

Tabby Kink disse...

Oi Michele! Assista a este filme, sim! O Robert está sempre ótimo em todos os seus filmes, mas "A Pele" é especial!
Vi "Only you" e "Morrendo e aprendendo" já faz alguns anos. O Robert esté jovem e lindo, já esbanjando carisma e talento! Outro filme dele que adoro é "Beijos e tiros". Já viu esse?

Ju Loyola disse...

Caramba... ela gosta de uma pessoa peluda! O___o É dificil encarar essa coisa bizarra.
Espero que passe aqui no Brasil!
Gostei muito do filme em estilo anos 50. Muito Bonito!

Sabe aquele ator favorito no seu blog, isso me lembrou q ele disse
" eu nunca tive experiencias de beijar com homens".
Aquilo me assustou! Woowww...
hehehe

Michele disse...

"Beijos e tiros" eu nunca assisti... vou jogar no google pra ver no q é q dá! rs... a maior parte dos filmes dele são bons... só preciso assistir "Homem de ferro" XDDD não me animei até hj rs...

Tabby Kink disse...

Oi Ju! Pois é, pra vc ver como o amor deles ia além da aparência e convenções sociais. O filme é muito legal, essa coisa bizarra é só uma parte da história.

Hahaha! Te assustou? Mas achei que como fã de yaoi vc ia achar legal! XD O Tom nunca negou essas experiências homossexuais dele, assim como o abuso de drogas (agora ele já está limpo a 7 anos). Mas o pessoal fica tão chocado que ele anda falando menos sobre isso. Lamento pelos gays, afinal um Tom Hardy sair do mercado de ser triste! XD

Tabby Kink disse...

Michele, "Beijos e tiros" é muito divertido! Robert está charmoso e atuando muito bem como sempre!
Mas não deixa de ver o Homem de Ferro! O filme é incrível e o Tony Stark do Robert é mágico! *__*

Rafi disse...

Acho que a ideia desse filme não é pra todo mundo. Só aqueles que passaram por situações de pré-julgamento e enfrentaram a resistência daqueles que preferem o "ser normal" ao "ser você mesmo", enxergam mais do que a "bizarrice" da história. A personagem da Nicole não apenas sofre porque tem gostos diferenciados, mas tb porque é uma artista sufocada pela época em que vive e pela condição de mulher e esposa. É uma luta duríssima...

O Robert está incrível no papel de Lionel, bem longe da imagem de falastrão do Iron Man. Gostei do filme e acho que ele foi subestimado por muita gente.

Tabby Kink disse...

Também acho que esse filme foi subestimado. Mas depois de achar o elogiadíssimo Drive uma droga, desisti de entender cabeça de crítico. Nem a minha eu entendo...