Não poderia deixar de escrever alguma coisa sobre a morte do
Roberto Bolaños aqui no blog. A turma do Chaves foi assunto por aqui no passado
(uma de nossas postagens com mais visualizações) e eu sou uma fã assumida e
orgulhosa do Chespirito. Quando recebi a notícia (por uma DJ de uma rádio de
músicas de anime, vejam vocês) eu não acreditei muito. Certos mitos não morrem,
não podem morrer! Mas depois me lembrei de que o Bolaños estava já com 85 anos
e lutava faz tempo com várias doenças. No fim nos resta a sensação de pesar, de
saudade, mas de que ele está agora em um lugar muito melhor que este plano.
Acho errado dizer que Chaves foi minha infância e
adolescência. Sim eu cresci me divertindo demais com ele, mas se até hoje eu
dou risada, assisto e me encanto da mesma forma, acho que o correto é dizer que
Chaves é parte da minha vida. Eu já disse e repito que ele foi minha maior
inspiração para tentar fazer humor. Não gosto de piadas escatológicas e
vulgares que são recorrentes nos filmes e programas de hoje, prefiro aquelas
que são realmente engraçadas e não ofendem. E é exatamente aí que o Roberto
Bolaños mostrava toda a sua genialidade. As piadas simples, que não discriminam,
não humilham, continuam engraçadas até hoje. É natural ver um programa de humor
de décadas passadas e sentir que ele está datado. Mas mesmo com 30 anos, Chaves
continua com o mesmo frescor de sempre.
Chaves e Seu Madruga: eternos.
Sanduíche de presunto, o disco voador que chegou e foi
embora, os 14 meses de aluguel, os bordões, a viagem a Acapulco, o julgamento
na casa da Dona Florinda, tanta coisa que parece que entrou na cultura popular.
Chaves é tão nosso quanto do México! E ai de quem disser o contrário! Talvez
não tão popular aqui, mas não menos genial, o Chapolin tinha cada episódio inesquecível,
como da peruca do Sansão ou da casa mal assombrada, que inspirou o meu mangá “Smells
Like Mystery”. Mas quem sou eu para ousar comparar alguma coisa minha com o
Chaves/Chapolin! Estou apenas comentando que mais que fã, eu tento aprender um
pouquinho com esse gênio.
Para todos nós fãs de Chaves e Chapolin nos resta continuar
a prestigiar o legado do Roberto Bolaños, mostrando os episódios para as
gerações futuras. O humor dele era tão sensacional que daqui a 30 anos ainda
estaremos rindo. Fica a saudade e acima de tudo a gratidão. Obrigada Roberto
Bolaños, por uma vida cheia de risos que você proporcionou a tantos de nós.
Obrigada.
Um comentário:
Por mais humor sem humilhacao! Saudades eternas
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